Além do saque do FGTS, que pode reduzir as verbas para construção de casas populares, o governo Bolsonaro prepara um novo programa para substituir o Minha Casa, Minha Vida, ou para alterar o já existente, só mantendo o nome. O ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou que o governo planeja reduzir o valor da faixa 1 do programa. Hoje, o teto da renda familiar é de R$ 1.800, que pode ser reduzido para R$ 1.200 a R$ 1.400. Na prática, isso limitará o número de pessoas que terá acesso a imóveis com até 90% de desconto, como ocorria com residenciais como Zilda Arns e Leonel Brizola, em Santa Maria, em que o beneficiado paga uma prestação bem baixa, e 90% do valor do imóvel é pago pelo governo, com dinheiro dos cofres públicos.
Segundo Canuto, o objetivo é priorizar a destinação de recursos do Tesouro a famílias sem acesso a financiamento imobiliário, o que já aconteceria para famílias com a renda beneficiadas. As novas regras devem ser anunciadas até dezembro, e não se sabe o que virá às demais faixas de renda. Qualquer mudança no Minha Casa, Minha Vida interessa muito aos setores da construção civil e de imobiliárias, já que o programa é responsável por mais de 70% dos financiamentos - inclusive aqui em Santa Maria, onde esses setores são fortes.
A propósito?
Quem não dá bola para segurança e regras de prevenção deve pensar: "Não tem como um hospital pegar fogo". Incêndio em hospital no Rio, que matou 11 pessoas, prova o contrário.